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Após dez anos, dois discos, mais de quinze singles, participações em festivais como Rock in Rio, SWU e o Coachella e shows por todo o mundo, ele atingiu o que parece ser o auge de sua carreira. Na sexta, dia 06 de novembro, um dos nomes mais falados, tuitados, postados e aclamados de 2015 chega ao Circo para uma daquelas noites antológicas: Emicida, lançando o disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa...”

Da última vez que Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, tocou no Circo foi um caos. Era uma terça, show gratuito promovido pela Funarte e que só foi anunciado nas redes dois dias antes. Na hora da apresentação, mais de duas mil cabeças já estavam dentro da lona e tinha mais umas mil do lado de fora que não se conformavam em não vê-lo.

Não é pra menos. Poucos artistas se mostraram tão relevantes no último ano quanto Emicida. Aquele moleque de rimas matadoras que debulhava nas batalhas de improvisação amadureceu sua veia poética e conseguiu ir audaciosamente aonde nenhum rapper jamais esteve. E a prova incontestável dessa maturidade é esse último disco.

“Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa...” mostra o quanto a África vem sendo decisiva nessa nova fase. Foram os 20 dias entre Angola e Luanda, além da leitura do romance “As aventuras de Ngunga”, do angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, que definiram a sonoridade e a pegada desse álbum. Isso pode ser comprovado já no primeiro single, “Mufete” que traz um irresistível tempero high life que foge da dureza do hip hop tradicional. Mas o lirismo e o flerte com o pop também permeiam o novo trabalho como em “Passarinhos”, uma “parceria” com sua filha de cinco anos e com participação de Vanessa da Mata. O rapper lança ainda um dos clipes mais contundentes da rap brasileiro, o épico “Boa Esperança” com direção de Katia Lund, mostrando ecos de um barulho muito mais ameaçador que os recentes panelaços.

E como se não bastasse essa esperada apresentação, o Circo e o Laboratório Fantasma ainda convidaram para a abertura o mais bem escondido “segredo” da nova cena baiana. Com inacreditáveis quinze anos de estrada, vem de Ilhéus a banda OQuadro. Há tempos que nomes como Marcelo Yuca vem nos alertando para a potência dessa banda que já tocou até no festival de Roskilde, na Dinamarca, mas nunca no Circo. Já era hora de corrigir esse atraso.

[titulo]Preço 1º Lote:[/titulo]R$80,00

[titulo]Preço 2º Lote:[/titulo]R$100,00

[titulo]Informações:[/titulo]21 2533-0354